Studio Ghibli, ChatGPT e a polêmica das imagens geradas por IA
A internet foi tomada nos últimos dias por imagens no estilo do Studio Ghibli, estúdio de animação japonês que criou filmes como ‘A Viagem de Chihiro’ e ‘Meu Amigo Totoro’. A trend surgiu no ChatGPT, que liberou um gerador de imagens e ganhou 1 milhão de usuários em apenas uma hora na tarde de segunda-feira (31), de acordo com Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do aplicativo.
A postura de Hayao Miyazaki e a declaração polêmica
Com a viralização das imagens no estilo de seus filmes, voltou à tona uma antiga declaração de Hayao Miyazaki, fundador do Studio Ghibli. Em 2016, o renomado diretor afirmou ter ficado ‘totalmente enojado’ ao ver uma demonstração de vídeo criado com inteligência artificial, declarando que ‘nunca desejaria incorporar essa tecnologia’ ao seu trabalho, considerando-a um ‘insulto à própria vida’.
Questões sobre direitos autorais e liberdade criativa
A polêmica levantada pela tendência das imagens geradas com IA traz à tona questionamentos sobre direitos autorais e apropriação do estilo de artistas. A OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, anunciou restrições no uso do gerador de imagens para controlar a intensidade de criações e evitar possíveis problemas legais.
A posição da OpenAI e as críticas recebidas
A OpenAI recebeu críticas de um grupo de artistas que a acusaram de enfraquecer ou eliminar proteções de direitos autorais ao permitir a geração de imagens no estilo de terceiros. A empresa se defende, afirmando que busca balancear a liberdade criativa dos usuários com a preocupação ética em relação aos direitos autorais.
Repercussões e desdobramentos
A tendência das imagens no estilo do Studio Ghibli geradas por inteligência artificial trouxe à tona debates importantes sobre a relação entre tecnologia, direitos autorais, liberdade criativa e ética. À medida que avançamos no uso de IA para criar conteúdos artísticos, é essencial refletir sobre as implicações éticas e legais envolvidas.
Conclusão
O embate entre a estética do Studio Ghibli, a inteligência artificial do ChatGPT e as políticas da OpenAI ressalta a complexidade das interações entre arte e tecnologia. Nesse cenário, a busca por um equilíbrio entre inovação e respeito aos criadores originais se mostra crucial para garantir um ambiente criativo e ético na era da IA.